domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Maldição da Vida sem Sentido

Eu posso ficar sentado na frente deste computador por mais duas horas, e então terei quatro horas de absolutamente nada. Conversas com ninguém, nenhuma notícia, nenhuma novidade. A vida é exatamente o que somos. Como se o mundo todo soubesse exatamente como você está, e o quão sem graça e monótona é a sua vida. Então eu sei que se eu ficar o dia todo aqui ou acolá, seja acolá onde for, nada vai acontecer.

Como já relatei anteriormente, já me senti mal e já me senti bem. Agora não sinto. Ou sinto, sinto que estou vazio. Me vejo vagando sem saber exatamente onde ir, ou estando no mesmo lugar sem querer ir a lugar nenhum. Ainda acredito numa perspectiva positiva, sendo que preciso fazer algo para que isso aconteça, mas não entendo o que pode acontecer e não sei se o que estou fazendo é o certo.
Desde sexta-feira sinto algo por dentro me corroendo neste vazio. Algo como uma descoberta de que até as maiores convicções sobre tudo que vem acontecendo, tivessem sumido. Como se tudo que eu pensei sobre a minha vida, estivesse começando a se dissolver. Que até mesmo o vazio pudesse ser apagado. Porque o vazio é o recipiente para algum sentimento. Mas sinto que até mesmo o recipiente possa estar sumindo.
Seria algo como a teoria da Vida Sem Vida, o fato de estar vivo sem vida.
É,já não é mais opinião, é convicção.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Egoísta

Tem dias em que eu penso em qual a finalidade deste blog? Sim, porque este blog é egoista e de uma lamuriação profunda. Na verdade, essa página é bem mais um diário do que um blog, com a diferença de que eu não começo as postagens com "Querido Diário..." e que aqui é literalmente um livro aberto.
Digo que este blog é egoista, porque fala somente sobre mim, com conclusões minhas e pra mim. Até acredito que das pouquissimas pessoas, se é que a quantidade pode ser citada no plural, algumas se identifiquem com alguma ideia e outra, mas de um modo geral é mais pra mim do que para os outros.
Nunca escrevi nada aqui pra ninguém, nunca quis ajudar ninguém com os meus textos (exatamente com os textos, não com publicidade), mas ao mesmo tempo sinto uma necessidade enorme de que tudo isso precise ficar em evidência, como se eu soubesse que um outro eu em algum lugar lêsse isso e concordasse com tudo, ou porque simplesmente quero que alguém mais saiba o que eu penso.
Falando assim pode até parecer que eu me sinto como um escritor, que escrevo coisas mirabolantes e ótimas. Mas não é verdade, porque não acho que eu sou um escritor, um pseudo-escritor ou um escritor frustrado talvez, mas escritor mesmo não.
Em muitas vezes questiono a minha qualidade literária, os meus erros de grámatica, as chuvas de vírgulas e tantos outros defeitos como a minha paixão pela palavra "coisa", que utilizo deliberadamente quando não encontro a palavra certa pra formar determinada frase. Não faço uso de palavras complicadas e difíceis, porque não as uso numa conversa informal, e pra mim estes textos não são nada muito além do que uma conversa informal comigo mesmo.
Contudo, mesmo que tudo que eu escreva aqui não seja atraente e tão rico culturalmente como outros textos, posso enxergar neles, algo que muitas vezes não encontro naqueles emaranhados de palavras complicadas. Sinceridade. As palavras mais simples e usuais da lingua portuguesa, de uma forma que qualquer pessoa que saiba no minimo ler e escrever consegue entender, levam consigo uma caracteristica que pra mim é fundamental num texto, sinceridade.
Porém tenho certeza que sinceridade nunca vai ser suficientemente atraente, pra se comparar com textos que falam sobre vampiros e bruxos, esses sim são altamente atraentes e envolventes.
C'est la vie.

Postagem Off

Uma postagem preparada offline talvez fique melhor do que uma feita online. Talvez pelo fato de que consigo me concentrar apenas no texto. O que não é uma verdade exata, pois dificilmente consigo me concentrar em apenas uma atividade. Minha cabeça se perde com qualquer pensamento e me deixa cada vez menos concentrado, mas pelo menos assim consigo me concentrar um pouco mais do que usando outras páginas de internet.
Selecionei uma playlist bem variada, dentro do meu ecletismo que não viaja por todos os estilos, mas que é aberto e expanssivo, e muito seletivo. Não que eu esteja escrevendo pra falar do meu gosto musical, no entanto sinto que a música me leva a escrever de formas diferentes, dependendo do que estou ouvindo. Me agrada pensar que posso escrever e o que eu escuto é trilha sonora para o que quero expressar. Quem sabe, não por acaso tenha acabado de começar a tocar "Nuevo" do Fito Paez, música que dá titulo a postagem anterior.
É estranho, mas gostaria de conseguir explicar a sensação que cada música passa, e como eu vou de uma energia a outra, sem conseguir entender direito o que acontece. As vezes acho que tudo isso é loucura, e as vezes acho que é uma questão de associação.
Muitas vezes quando não conseguimos lembrar de todas as coisas, ou queremos ter algo que faça certo momento ou época ficarem guardados de uma forma especial, acabamos associando as coisas. Assim quando nos lembramos de certa pessoa, ou lembramos de algo que nos faça triste quando ouvimos alguma música, ou um cheiro que lembre um lugar, e assim entre muitos exemplos. Essa questão de associação acaba dando uma sensação diferente a nossa própria vida. Por exemplo, tem músicas que eu mal consigo ouvir de tanto que associo a outras coisas que imediatamente me deixam mal, e no entanto pra qualquer outra pessoa pode não significar nada demais além de uma música.
E se deixassemos de fazer essa associação entre as coisas, será que nos importariamos tanto com as coisas que passaram? Tentei fazer uma comparação agora sobre isso, mas conclui que era idiota e sem fundamento, logo não quero tentar entender isso.
Pra mim que fico usando boa parte do meu tempo pra tentar dar um sentido na vida, acabo ficando ainda mais confuso quando me deparo com duvidas como essa.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nuevo

O mesmo nome, a mesma pessoa, quase tudo igual, mas a vida é diferente.

Temendo por saber que vou chegar no ponto em que descarrilho o trilho que programei, mas no fundo e talvez como todas as vezes, sabendo que dessa vez vai ser assim. Então o que fiz? Planejei e calculei minimamente tudo, mas sem ver o resultado. Não quis ler o resumo, deixo a história se escrever por si próprio, mas confio muito em um desfecho surpreendente.
Eu não me sinto propriamente bem como se diz, e longe de algo que se possa chamar tristeza, mas tenho algo que me anima, que é essa confiança de que dessa vez eu posso conseguir.
E o que me deixa mais confiante, é que é a primeira vez que acredito em algo melhor, estando vazio. Vazio é o estado que eu fico após passar pela fase que eu estou no fundo. Quando estou no fundo não consigo pensar em nada, que não seja algo mais fundo ainda, até que eu chego ao vazio de alguma forma que até agora preservou a minha vida, não sei explicar como. Mas o vazio, é quando não tenho perspectivas, nem boas e nem ruins. Das ultimas vezes e sabendo explicar como consegui entrar a fase em que me sinto realmente bem, e a fase que mais me parece traiçoeira. Pois quando me sinto bem, sempre planejo coisas mirabolantes, e já podendo enxergar o desfexho, mas como me iludo muito nesse estagio, logo nos primeiros capitulos tudo se desmancha, me levando junto e voltando a primeira etapa: o fundo.
Por isso que digo que me sinto confiante, pois é a primeira vez que consigo planejar algo estando vazio e nem um pouco iludido com nada, isso me deixa mais confiante.
Espero que isso signifique alguma coisa, mas este espero não significa esperança e sim confiança.
Até mais.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Feliz Cumpleaños

Acredito, que finalmente comecei a enxergar datas comemorativas com o seu verdadeiro sentido.

Durante todos os anos, até o vigésimo primeiro, sempre tive em mente de que aniversário e também Natal, mas neste caso especificamente o aniversário fosse algo especial, um dia realmente importante. Sempre aguardei meu aniversário com grande expectativa, tentando aproveitar ao máximo, e ter por perto as pessoas que gostaria de compartilhar este momento.
Tive bons aniversários até este e não que este seja ruim, no entanto foi nesse que pude entender o verdadeiro sentido.
Depois de ter dormido 3 horas, e ainda com sono e atrasado, ter ido trabalhar me fez notar qual a importância do aniversário. Nenhuma. Se o cliente, se o seu chefe, se as pessoas em geral acharem que isso não vale nada, então isso não vale nada. Se você perdeu o dinheiro da passagem pra voltar pra casa, o cobrador do ônibus não vai deixar você passar de graça, você terá que ir a pé, se isso ainda for possível, no meu caso sim. Você gostaria de ter por perto pessoas que você gosta, mas você não sabe, se as pessoas não acham isso tão importante quanto é pra você, então você não as terá por perto. Ou ainda, quando existirem pessoas que você gostaria que estiverem por perto, mas que a vida quis que elas não possam estar é menos confortável.
É bom lembrar também, que todas as pessoas que lembraram do seu aniversário nas redes sociais, principalmente no orkut, acabaram de descobrir que é seu aniversário pela página inicial, pois o orkut te da uma ajudinha, e coloca a sua carinha ali, pois do contrário nem metade das pessoas sabiam que hoje é dia do seu aniversário.
Somos todos grandes vítimas do capitalismo, que acabamos esquecendo que o nosso aniversário também faz parte de uma data comercial, que gera algumas vendas com aqueles que pensam que você merece uma lembrancinha. Pois sendo sensato e realista, o aniversário não é nada mais do que o dia em que coincide com o dia em que você nasceu, isso considerando o calendário cristão que é o que usamos para nos orientar.
Desculpa, não estou sendo drámatico, nem querendo acabar com o espirito do aniversário, mas pra mim, apartir de hoje, não faz sentido nenhum.
Obrigado e Feliz Aniversário pra mim e pra quem estiver fazendo aniversário hoje também.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Layout

As vezes eu tenho medo de ficar sozinho. Por um minuto, por uma hora ou pela vida toda.

Não sei se isso se chama carência, ou alguma sindrome. Mas o fato é que, quando percebo a solidão, sinto medo do que começo a pensar. Esse tipo de medo não é relativo a nenhuma carência, mas sim a angustias e até mesmo algumas magoas. Por isso, me preocupo bastante em ocupar a cabeça, e distrai-la, talvez até mesmo escrevendo aqui.
Sei que não devo me preocupar com a solidão, nem a presente e nem a futura, pois sei que ando bem acompanhado, e tenho pessoas de altissima qualidade, que estão presentes sempre em minha vida.
Definitivamente não sou o tipo de pessoa que vai se atirar em qualquer braço, e fazer confissões minuciosas sobre minha vida, mas tenho algumas pessoas que posso contar. E tenho este "diário" aqui, que faço uns desabafos desatinados.
Gosto de descrever o que eu sinto, tentando achar uma forma comprensível, para que até mesmo, num futuro próximo, eu consiga entender o que acontecia comigo.
É muito melhor conseguir se entender, para conseguir entender os outros, pois aquele que se conhece, é capaz de conhecer o mundo todo.
Infelizmente a qualidade literária desse blog, vem decaindo gradativamente. Mas quem lê isso mesmo? Obrigado







sábado, 6 de fevereiro de 2010

Esperança

Superação, deve ser essa a palavra que resume tudo o que me conflita atualmente. Preciso passar por cima de tudo que me aflinge para conseguir superar as adversidades. Mesmo pensando em desistir, mesmo pensando o quanto é difícil toda essa situação, luto exaustivamente para contornar a situação. Secando lágrimas, esquecendo feridas que não cicatrizarão, e acima de tudo revendo os conceitos, que sempre foram minhas bases pra definir o meu modo de vida.
Mas o quão dificil é alcançar a superação? É desgastante, e muitas vezes todos os pensamentos nos levam a crer que não existe solução e nem sol atrás da montanha.
Mas existe sim, e eu fui prova disso, quando começava a escurecer, e estavamos perdidos, e a tarde começava a cair atrás do morro. Não sabiamos o caminho, e eu tinha medo e me sentia sem forças para continuar, mesmo acompanhado da "Esperança", alcunha que lhe dei agora, pelo simples fato de ela representar este sentimento. E quando dois de nós já pensavamos na eminente desistência, Esperança nos deu o caminho, e muito antes que a Lua pudesse chegar, ainda estava lá o sol atrás do morro, e pudemos avistar uma das LES PLUS BELLES BAIE DU MONDE.
Resumidademente, seria mais ou menos isso, mas o suficiente pra mostrar que sempre iremos nos deparar com adversidades, no entanto precisaremos encontrar outras "Esperanças" para que sejamos capazes de alcançar a superação. E por mais que não condiga com o que eu tenho dito por aqui, lá dentro, no fundo do poço acho que encontrei algo que vale a pena, e que vou chamar de "Esperança".