Estranho, eu nunca gosto de falar a respeito da minha própria personalidade, pelo simples de fato de que muitas de nossas características sejam variantes, então nunca consegui achar um ponto fixo pra me basear e construir a minha própria imagem. Mas hoje, resolvi pensar um pouco sobre isso, e vou registrar aqui, talvez só pra mim ver daqui um tempo, o que constava aqui e tenha mudado nesse futuro próximo e pra alguns mais que passarem por aqui.
Prazeres, Matheus Leal, um sujeito um tanto típico e ao mesmo tempo peculiar, tenho lá minhas virtudes e uma porção de defeitos. Tenho muitas manias, que apartir dos olhos de quem as vê, podem definir se são boas ou ruins. Na verdade, eu não sou nada bom, quando o assunto sou eu. Pois acho que eu tenho aquele complexo de achar que eu sempre sou aquele que leva a pior vida, aquele que ficou sem o último pedaço do bolo, essas coisas assim. Porque, eu sempre me espelho em tudo, nas outras pessoas, nas outras famílias, nas outras amizades, nos outros relacionamentos. E eu olho, penso, reflito e por fim sempre saio com ela sensação de que: "Nossa, olha a vida do cara lá é bem mais legal que a minha". Não sei, mas acho que esse complexo todo é defeito, e por muitas vezes isso me gera uma certa insegurança. Sim, eu me sinto muito inseguro, e essa insegurança por sua vez acaba me dando a sensação de que não consigo confiar muito na sinceridade alheia. É muito complicado, mas é algo como: "Olha Matheus, que belo trabalho que você fez", então eu penso, "Meu trabalho nem foi tão bom assim.", e acabo desconfiando dos que me admiram de diversas maneiras. É muito difícil de entender, mas é algo mais ou menos assim.
Outro ponto que eu acho bem destacável em mim, é a minha relação entre amigos. Algo bem estranho também. Eu prezo bastante pela amizade, e dou valor aos poucos que considero amigo mesmo, o que posso dizer com clareza hoje em dia, 3 ou menos. Mas eu possuo uma forma de tratamento um tanto esquisita. Por que apesar de saber que preciso muito deles em vários momentos, eu prefiro manter uma imagem soberana a isso. Eu quero ser aquele que eles podem contar sempre, mas de preferência nunca precisar contar com eles.
Pra fazer novas amizades? Nossa, isso é mais complicado ainda, pelo menos atualmente. Pois, eu cristalizo em minha mente um amigo como ele deve ser e deve agir, algo completamente errado, concordo, mas que se não possui o perfil que eu espero, infelizmente não consigo estabelecer nenhum vinculo.
Solidão é algo que parece constante em mim, é o meu momento de estar somente comigo, mas que também me deixa um tanto desanimado. Quando só, penso em muitas coisas, e geralmente a solidão não traz os melhores momentos, mas é claro que as vezes me pego rindo sozinho. Acredito que a solidão é necessária, pelo menos dedicar-se a si mesmo para poder refletir toda vida por algum momento.
Por fim, amor. São quatro letras, e eu realmente não sei defini-las, mas pra mim amar é querer muito o bem de alguém sem ver o porque nem querer nada. Embora, as vezes não acreditem em mim, uma coisa que eu dou muito valor é a sinceridade, em todo tipo da sinceridade. Principalmente na sinceridade das palavras, não existe nada pior do que ouvir uma porção de belas palavras simplesmente jogadas da boca pra fora.
Eu ouvi falar que quando se ama, ama-se para sempre, e isso me fez refletir muito nesses últimos tempos, e acho que isso faz sentido mesmo. Mas acho que o amor tem seus limites, e não acredito mais em colocar o coração na frente da razão, acho que é preciso que as coisas funcionem conforme vão e vem a vida das pessoas. Tudo deve ter um eixo de encaixe, cedo ou tarde todas as peças devem se encaixar de maneira correta.
É isso, se souber algo mais de mim, pode falar.