sábado, 20 de março de 2010

Outros Olhos.

Uma das coisas que me incomodam quando eu começo a ficar melhor comigo mesmo, ou quando começo a me sentir melhor é com o meu blog. A maioria dos textos que escrevi enquanto estive de bem comigo mesmo eram totalmente sem graça, pelo menos pra mim.

Então será que a vida só tem graça pra mim, quando não me sinto bem? Bem, talvez não seja exatamente isso, mas eu prefiro e gosto muito mais da minha capacidade de se expressar quando me encontro em situações dificeis. Sempre achei a dramatização e a tristeza como o lado mais bonito da arte. Gosto mais de livros, filmes e músicas que trazem essa coisa mais expressiva da vida, do que o lado "Coca-Cola da vida", ou a vida bela.
Com certeza eu não gosto e nem escolho passar por problemas e situações dificeis, mas eu bem sei extrair o que há de fascinante nessa face que a vida tem. Me sinto muito mais expressivo, e muito menos idiota, e por vezes até acredito que isso é mais bonito.
A maioria das pessoas que me parecem muito felizes não me são nem um pouco atraentes. Não acredito que ser feliz é o que mais importa. E concordando com algúem que tem visões semelhantes a minha, prefiro acreditar que a vida nada mais é que um equilibrio do meu eu físico com meu eu espiritual, psicológico, seja como for.
Parece muito esquisito escrever tudo isso, sabendo que antes gostaria que tudo que passou desaparecesse, e agora que talvez esteja passando, sentir um apego por tudo isso.
E ainda assim, antes de qualquer coisa, não estou querendo dizer que o que passou realmente passou, e acredito mesmo que ainda esta tudo igual. Mas o que faz ser diferente é a maneira de enxergar, e o equilibrio que busco encontrar para encarar as mesmas coisas.
E essa questão de ser feliz ou triste, talvez nem exista mesmo se eu utilizar um modo de viver que se baseia na perspectiva de enxergar as situações.
Será que então eu poderia ser uma pessoa que sofre mas vive bem? É.

sábado, 13 de março de 2010

70 em 3

Para quase 3 anos de Blog 70 postagens, não são quase nada. Então partindo do principio da estátistica, eu tenho uma frequencia muito baixa de postagens. Mas se considerarmos que nesses 3 anos e nessas 70 postagens, contando com essa, a maioria delas são esquisitas e deprimentes, então poderiamos dizer que em boa parte desses 3 anos eu tenho me sentido meio esquisito e deprimido.

Ou isso também pode querer dizer nada, e é simplesmente isso que quero pensar.
Sobre o egoismo, a vaidade e a estupidez, estou aprendendo a conviver com eles, de forma harmoniosa, e tentando entender que eu também sou humano, e nem sempre eu serei o pior.
Tenho tentado dar mais ouvidos a minha auto-estima, apesar de que sempre vai haver alguém ou até eu mesmo, que vai querer rebaixar.
Todas essas palavras de dias melhores, podem sim ser ilusão, e mesmo que eu não esteja vendo resultados imediatos, eu acredito que já esteja começando a sentir. E isso já é uma grande coisa, tendo em vista o grande vazio em que me encontrei.
O porém, é que sinto que preciso sentir. É uma sensação estranho, pois é como se eu quisesse, ou sentisse falta de alguma coisa, que eu nem mesmo sei o que é. Como quando a gente saudade de coisas qe nunca aconteceram.
Passei a atribui esse sentimento como uma carência, que eu ainda não consigo explicar muito bem. Mas sinto falta de alguém ou alguma coisa que eu não sei quem ou o que é.
Mas issso já é um sinal de melhora, não é mesmo?
Como todo mundo que escreve um texto pequeno diz, eu poderia escrever mais sobre isso, mas como eu em sei explicar o que esta acontecendo, prefiro ficar por aqui.

quinta-feira, 4 de março de 2010

De novo

Estupidez, ganância, egoísmo e agora vaidade. Estão se tornando caracteristicas novas na minha personalidade. Todos adjetivos que sempre detestei, e agora fazem parte de mim. E o pior, fazem parte sem eu nem perceber que fazem parte. Tenho tomado atitudes tão mesquinhas sem me da por conta, que só depois que fiz é que consigo perceber.
Não consigo acreditar que as roupas que eu vestir vão me tornar diferente. Por que eu preciso trocar algo velho por algo novo, se isso não vai me mudar em nada por dentro, e sem considerar o fato de que o algo novo vai se tornar algo velho indiscutivelmente? E o pior é que só consigo me questionar a respeito disso, após ter tomado tal atitude estupida.
Não me sinto assim por culpa do valor investido. Primeiro, porque seria ainda mais estupido se lamentar por dinheiro, que é algo ainda mais sem sentido, mesmo que necessário. E segundo, que em uma outra atitude idiota, optei por ter mais dinheiro em troca dos meus princípios. No entanto seria mais valido ter o dinheiro investido para comprar cigarros, que pelo menos me distraem, do que ter feito uma compra por status.
Que outra pessoa serei eu, por estar usando algo novo, ao invés do velho que sempre me acompanhou, mesmo que um dia foi novo? Se já não era o dinheiro e nem o descanso que me fariam ter um sentido pra vida, não vai ser um tênis novo que vai me dar sentido. Se eu realmente preciso estar aqui pra completar os dias de vida que ainda tenho que viver, não preciso de nada mais além de comida, cigarros e talvez este blog.
Eu sei que pode parecer excesso de dramatização pensar tudo isso a respeito de uma simples compra de tênis, mas é exatamente isso que passa pela minha cabeça.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um brinde a minha estupidez.

Não seria exagero, ou mesmo que seja faz parte da minha personalidade tornar as situações mais dramaticas, dizer que a vida nunca me permitiu fazer escolhas perante as situações que se depararam em minha vida. Boa parte de tudo que aconteceu comigo, aconteceu de um modo em que eu nunca pude questionar o porque, e tive que aprender a aceitar o imposto. Estou começando a crer que isso era o melhor mesmo, e justamente quando tive a oportunidade de ver como seria se fosse do outro modo.

Do dia de ontem até agora, tive uma das minímas chances em que a vida me deixa tomar uma decisão por livre e espontânea vontade, e acho que aprendi que devo mesmo é não ter escolhas e sim aceitar as escolhas.
Há um bom tempo que minha vida segue sem um sentido, ou pelo menos um objetivo. Então qual seria a diferença entre viver mais ou trabalhar mais, ter mais ou menos dinheiro, se não existe uma razão específica para se usufruir de um ou de outro? Cheguei então a acreditar que nenhuma mudança na minha vida faria alguma diferença, partindo do principio que não se tem objetivo algum.
E foi exatamente neste ponto que percebi que não aprendi a fazer escolhas. Pois quando tive a oportunidade de fazer uma, abusei de todo meu caráter egoísta e ambicioso, mas esqueci a que propósito havia em todo esse egoísmo e ambição. Tomei uma decisão que por dentro me parece errada, que minha alma que ainda regorgita algum respingo de lucidez me faz sentir um estúpido

Não vai ser uma quantia maior de dinheiro, nem um dia mais de descanso que vão dar um sentido novo pra minha vida. Eu não sei o que eu preciso pra encontrar um caminho na minha vida, mas sei que dinheiro e descanso com certeza não vão servir pra nada.
É a vida mais uma vez provando que eu não mereço ter o direito de escolher nada.