quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sono

Agora é hora de dormir, e pior que daqui a pouco é hora de acordar.
Não tem como fugir de um ciclo, quanto mais se foge da rotina, mais se entra na rotina de fugir da rotina. Hoje eu descobri mais uma coisa que me incomoda. Por que as pessoas quando escrevem, procuram se expressar sempre diferente da forma com que falam. Todo mundo quer escrever bonito, pra parecer intelectual. Eu não dou a minima pra isso, eu uso qualquer palavra que eu acho que eu deveria falar, enquanto muita gente procura no dicionário alguma palavra que ninguem quase costuma usar, pra parecer que é intelectual, e pra tentar parecer mais inteligente que o próximo. Eu reparei como eu uso a palavra COISA, e pra mim é uma das palavras mais comuns e digamos até de mal uso na linguagem culta, mas eu não dou a menor importância mesmo. Se tem alguma coisa que eu mais procuro parecer mesmo, é ser uma pessoa burra e ignorante, assim me livro de ter que ouvir os pseudo-intelectuais.

att, Matheus Leal

terça-feira, 21 de abril de 2009

Generalizou.

É tudo generalizado, hoje em dia, tá cada vez mais complicado.
Acabou a singularidade, não tem mais nada de único.
E eu não estou defendendo quem tenta ser único, mas também acho uma barbaridade isso. Qualquer coisa agora é encaixada numa ordem. Eu até acho que para se viver numa sociedade, é necessário se encaixar de acordo com ela. Mas não sou a favor desse generalismo total das coisas.
Mas o pior não é se generalizar, o pior são os generalizadores. Aqueles que acham um encaixe pra minima ação que possa ser feita.
Mas eu não sou único também, sei disso, sei que muita coisa que eu faço é generalizado, faz parte de uma ordem, é coisa comum de se ver por ai. Mas pelo menos eu não procuro encaixe pra isso. Pra falar bem a verdade, não ligo muito pra que tipo de coisa que eu to fazendo. Tem gente que é assim.
Não faz isso, porque é coisa de "não sei o que"(e considere esse "não sei o que", dentro de algumas generalizações bem pejorativas).
E pra ser mais sincero ainda, também acho mais idiota ainda quem procura fazer só o diferente, ser alternativo, essas besteiras todas, que de tão alternativas e diferentes que são, são mais uma moda que ainda não perceberam. Isso se eu já não generalizei tudo isso agora também.
No fim, alguém lê isso aqui, e já generaliza também. Legal.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Argumentos

Queria começar uma frase com a palavra vendo, mas foi de tanto pensar, que acabei esquecendo o que eu queria transpor. Vendo. Eu vendo. verbo vender? Eu, vendo, verbo ver. Ver é verbo.
Já não sei mais, desisti de começar com vendo e comecei com queria. E se eu tivesse feito realmente o que eu queria? Tudo começaria com vender, e depois viria sintaxe que explicaria se o meu vendo, era de vender ou de ver. Acho que era vendo de ver mesmo, pois foi vendo tudo isso que acabei de escrever que percebi que a escrita esta para nós assim como nós estamos para a escrita.
Entende? É mais ou menos assim:
Não há bons escritores, maus escritores. A escrita é a necessidade da fala, é a fala incontida, é muitas vezes aquilo que não pode ser dito, e sempre é o que não pode ser ouvido. O bom escritor seria então o bom falador? Não, o bom escritor é o falador que escreve o que você quer ouvir, em silêncio. O mal escritor, escreve o que você não quer falare muito menos procura ouvir.
É uma questão de ouvidos, olhos, e boca. Se você gosta do que leu, é porque você viu muito bem, gostaria de ouvir alguém falar, ou gostaria de falar para alguém.
Eu bem não me preocupo com quem vai ler aqui, estou falando o que eu gostaria de ouvir em silêncio, silêncio que se propaga desde o ano passado, a última vez que falei por aqui.

att,
Matheus Leal