quinta-feira, 20 de maio de 2010

Suspiro.

As vezes eu queria não precisar de ti. Estou sendo direto, porque não posso fingir nem esconder.
Eu tenho quase certeza que preciso. Já nem uso mais como questão de escolha. Pois se realmente pudesse escolher,
com certeza não te escolheria. O pior de tudo ou talvez melhor, me surge essa dúvida, é que tu nunca esta por perto
nos meus melhores momentos. Talvez seja uma companhia desagradável, não só para mim, mas para
quem me conhece e sabe o que eu sei.
Me sinto tão inferior tendo que aceitar que convivo com essa dependencia, mas é tão mais forte que ultrapassa qualquer questão de ego.
Por mais que me sinta envergonhado com isso, e o quanto isso me prejudique não consigo imaginar se posso ser diferente do
que como aceito isso.
Ainda é pior, quando aceito os benefícios, que já são poucos.
As vezes acho tão díficil conviver com isso, e outras me sinto acostumado, que não sei como seria se pudesse viver sem.
Infelizmente é um dilema, que provavelmente não vai se mudar, talvez porque dependa de muitas outras circunstâncias
que nem mesmo eu, saberia explicar ou definir, mas assim vou levando.
Enfim, acho que é uma idiotice sem tamanho escrever isso pra ti, porque sei que nunca vai
conseguir entender isso, e nunca vai saber que foi pra ti que escrevi isso tudo.
Maldito Cigarro!

sábado, 15 de maio de 2010

Ninguém em Casa

Arrisco a dizer que objetivos são frustrantes, assim como toda e qualquer fórmula aplicada a vida real. Tratamos a vida de forma muito tangível, mas esquecemos que em sua essência, isso se existir uma, ela é intangível.  A vida não é palpável, não podemos pegar e nem segurar nada.
Talvez seja como o vento, que podemos sentir.


Então como podemos traçar metas tão objetivas se nem mesmo temos certeza de que queremos esse objetivo? A lógica de sempre corrermos atrás de nossos desejos, esquece de avaliar que nossos desejos não tem limites e que nunca encontraremos a satisfação a cada objetivo conquistado. Logo passaríamos a correr mais e mais atrás de algo que nem sabemos o que é. Até chegar um ponto em que perceberíamos que nunca valorizamos nossas conquistas, que talvez nem seriam avaliadas como conquistas, mas sim como etapas.


Não quero dizer que não devemos ter objetivos para a vida, mas acredito que objetivos são relativos. Muitos objetivos nos reprimem de viver o presente, que é a vida acontecendo, para que estejamos focados em nosso futuro, que não é a nossa vida. Acredito ainda, que devido a isso, muitas vezes, os objetivos conquistados se tornam frustrantes pelo fato de terem ocupado um período da sua vida que no fim julgamos ter perdido.
Contudo, existem objetivos que podem ser almejados de forma que seus passos para alcança-los se tornem momentos em que você conseguiu sentir a sua vida de forma util. Mas isso também se torna uma perspectiva da forma em que você consegue encarar cada situação.


Devido a isso me questiono tanto para que servem todos esses meus objetivos, e se quando conseguir realiza-los não tornarei essa experiência frustrante por descobrir que talvez não fosse exatamente isso que eu pretendia. Existem poucas coisas que eu sei que realmente quero pra essa vida, e em algumas eu acredito, outras seriam consequências. Mas de uma forma geral, eu não me sinto bem em pensar na vida através de metas, como em um jogo. Mas como não tenho ainda uma outras perspectiva para isso, continuo assim. É de se pensar.


Obs.: Dei este o nome ao post, devido a uma coincidência, de ser a música do Pink Floyd que estava tocando (Nobody Home), quando encerrei o post e pelo fato de realmente não haver ninguém em casa agora.

sábado, 1 de maio de 2010

Virando Vinagre de Vagarinho.

Até Quinta-Feira eu havia reservado, no vago espaço que ainda tenho na minha memória, uma ideia sobre um texto bem diferente do que irei escrever. E foi uma mudança consideravelmente pior, mas de qualquer forma, não quero introduzir este texto comparando-o com o pseudo-texto que não foi escrito.
Tomado por impulsos e alguns sentimentos tão mesquinhos, que somente o ser humano é capaz de sentir, tento explicar este texto. Sim, pois acredito que essa seja a primeira vez em que escrevo algo, antes de ter uma noção básica do que estou sentindo realmente. E isso me parece uma tarefa um tanto complicada, pois sob efeito de euforia acredito que posso descrever fatores que podem não ser fiéis a realidade.
Simples, você acende um cigarro. Você acende outro cigarro. E a medida em que mais cigarros são acesos, você sente vergonha disso. Não sinto vergonha de estar usando um produto que faz para a saúde. Me sinto estúpido em perceber que preciso de uma matéria para buscar a paz. 
E não funciona. Quando não existe o equilibro, não existem remédios que possam ajudar a você encontrá-lo.
Na verdade, por mais que não se queira admitir, você sabe muito bem o que fez e faz você perder o equilibro, mas você procura evitar saber disso e acende mais um cigarro, e daqui a 5 minutos ou menos você volta a lembrar o que fez você perder o equilibro.
Então alguém acha que existe uma fórmula para isso tudo. Como se a vida fosse exata. 
Mentira!!! A vida não é exata, não para mim. Seria tremenda estupidez viver de forma exata, encontrando fórmulas para cada situação. 
Eu não quero ser prático, não quero viver com certezas. Tanto que a cada possível certeza que a vida vai me mostrando, eu procuro ir me matando devagarinho. Até vou ali!

sábado, 24 de abril de 2010

Modo Seguro com Rede

O mais estranho em tornar a se sentir "estável" após tanto tempo de "instabilidade" é que o meu eu receia por novas tempestades e outros maus tempos. Sentindo-se assim receoso, acabo percebendo que entro em uma espécie de Modo de Segurança, onde nem tudo me é permitido, e toda e qualquer informação é sempre absorvida com extrema cautela. Existem por ai, muitos riscos, e estamos vulneráveis a novos momentos ruins a qualquer momento, por isso é importante se prevenir, ser cauteloso e até mesmo duvidar em muitas situações. Como diz, e sempre dizem os bons e velhos ditados, mas neste caso em específico: Quando a esmola é demais, até o Santo desconfia. Não sei até que ponto, e exatamente onde poderei me entregar as noticias, fatos e derivados que venham a acontecer. Não que eu sinta medo, mas me sinto inseguro, e é por isso que ativo então o "Modo de Segurança"
Entro agora então, no parágrafo que quebra toda a ideia do primeiro. E como em todas as coisas que acontecem comigo, torno me a questionar? Até que ponto realmente devo viver assim tão cauteloso? E por que não arriscar? Estou deixando de petiscar, mesmo que eu não saiba o que signifique isso. Talvez eu nunca venha a encontrar algo que possa dar certo até o fim, se eu não tentar conhecer o início e os meios. E nem tão pouco conseguir recomeçar aquilo que ficou pela metade.
Mas mesmo assim, mesmo que eu venha a deixar de ser assim tão Seguro com minha insegurança, de uma coisa eu sempre estarei me garantindo. De que eu posso até arriscar, mas sem jamais me atirar, pra não ter que colecionar futuros tombos de vezes em que eu nem olhei para o chão que eu pisava.
Ou quem sabe, até o próximo post, eu já diga alguma coisa totalmente oposta a isso né. Mas mesmo assim. Au Revoir! 

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dois extremos.

Nem felicidade, nem tristeza. Nem se sentir bem ou mal. Nenhuma dessas coisas é capaz de influenciar tanto na minha vida quanto minha autoestima. Tanto pelo simples fato de que ela é força motriz para todas as outras características que eu citei no começo.

A autoestima é o excesso do meu egocentrismo, e demonstra o tamanho da minha 'vaidade', que não é bem assim uma vaidade, mas foi a melhor forma que encontrei pra definir essa minha característica.
Mas o pior de tudo é que essa autoestima não depende exclusivamente de mim, não basta eu me aceitar. Preciso saber que os outros percebem minhas qualidades, para poder realmente acreditar que isso são qualidades. Por mais  que eu olhe algo que eu tenha feito e ache que realmente está bom, isso não vai valer nada se pelo menos uma pessoa disse que não está. E isso vale também para minha aparência: O que raras vezes acontece, de eu estar me sentindo 'mais arrumado', e que em pouco tempo essa impressão se desmancha porque não consigo perceber que mais alguém concorde com isso.
Mas nem tudo é tão ruim assim. Se convivesse sempre em conflito com minha autoestima eu me sentiria muito pior do que em muitas vezes sinto. E até não seria exagero dizer que em alguns momentos até me sinto prepotente, principalmente quando ouço um elogio a respeito de algo que nem eu mesmo havia percebido com bons agrados.
E acabo ficando confuso, e já não sei até que ponto eu devo levar em consideração essa auto-confiança, que me parece muito traiçoeira. Mas apesar de tudo, procuro parecer humilde, quando recebo elogios, apesar de algumas vezes eu pareça transparecer arrogância.
Enfim isso é tudo muito complicado. E esse texto não ficou bom, mas se alguém o elogiar, não sei nem o que pensar.

sábado, 3 de abril de 2010

Ante Páscoa

Se eu for esperar duas semanas para escrever aqui, talvez não tenha válido a pena ter comprado esse dominio, e cada vez mais eu comprovaria que conforme minhas perspectivas tendem a melhorar sobre um todo, a frequencia e o conteúdo dos textos começam a decair.
Mas enfim, isso realmente não importa. Não interessa mostrar um blog bonito, com textos interessantes e que as pessoas se identifiquem, se pra isso eu tenha que estar me sentindo mal.
É totalmente contradição com o que eu disse no post abaixo, mas eu sou isso mesmo. Sou um excesso de contradições em busca de um equilibrio harmônico.
Não, pensando bem não sou isso, não sou nada, não consigo ser alguma coisa. Estou assim, e me sinto assim por pelo menos, enquanto me convir. Não assumo uma personalidade, não me prendo a este peso que carrego. E isso tudo as vezes, porque tão logo ou mais tarde sinto que posso querer tudo isso denovo.
Desde que me dediquei a sentir mais, e deixar de querer ser alguma coisa, pude entender muito melhor algumas coisas que sempre estiveram junto de mim e eu não podia enxergar.
Sinto saudade, sinto que amo, sinto que as vezes também odeio e tenho raiva, mas sinto. E sinto que sou capaz de sentir muito mais, sempre que eu conseguir esquecer que eu não preciso ser alguma coisa.
Eu não tenho certeza e nem procuro ter uma opinião formada, mas realmente pode ser que o ambiente a minha volta ainda é o mesmo, mas que eu posso ser capaz de modifica-lo com os meus olhos. E pode ser que isso não signifique nada demais.
Também acho que muitas vezes não consigo responder as expectativas, e que eu sei que poderia ser melhor. Mas ser melhor para quem? Para mim mesmo. Dedicar uma vida toda a mim mesmo, como uma devoção a todos os meus principios.
E se os meus principios forem apenas opiniões estupidas e formadas sobre tudo? Então eu estaria fazendo algo errado. Talvez eu esteja realmente fazendo algo errado, em boa parte do tempo. Mas enquanto o errado não prejudica o próximo, quem pode dizer o que é certo ou errado?
É um monte de interrogações que tenho, e não procuro as respostas pra isso. Procuro mais duvidas, e mais opiniões. Não me sinto bem, mas sinto tanto que fico em duvida se, se sentir bem é o que importa.
Enfim escrevi muitas coisas, e não consegui ser objetivo em coisa alguma.
Feliz Páscoa

sábado, 20 de março de 2010

Outros Olhos.

Uma das coisas que me incomodam quando eu começo a ficar melhor comigo mesmo, ou quando começo a me sentir melhor é com o meu blog. A maioria dos textos que escrevi enquanto estive de bem comigo mesmo eram totalmente sem graça, pelo menos pra mim.

Então será que a vida só tem graça pra mim, quando não me sinto bem? Bem, talvez não seja exatamente isso, mas eu prefiro e gosto muito mais da minha capacidade de se expressar quando me encontro em situações dificeis. Sempre achei a dramatização e a tristeza como o lado mais bonito da arte. Gosto mais de livros, filmes e músicas que trazem essa coisa mais expressiva da vida, do que o lado "Coca-Cola da vida", ou a vida bela.
Com certeza eu não gosto e nem escolho passar por problemas e situações dificeis, mas eu bem sei extrair o que há de fascinante nessa face que a vida tem. Me sinto muito mais expressivo, e muito menos idiota, e por vezes até acredito que isso é mais bonito.
A maioria das pessoas que me parecem muito felizes não me são nem um pouco atraentes. Não acredito que ser feliz é o que mais importa. E concordando com algúem que tem visões semelhantes a minha, prefiro acreditar que a vida nada mais é que um equilibrio do meu eu físico com meu eu espiritual, psicológico, seja como for.
Parece muito esquisito escrever tudo isso, sabendo que antes gostaria que tudo que passou desaparecesse, e agora que talvez esteja passando, sentir um apego por tudo isso.
E ainda assim, antes de qualquer coisa, não estou querendo dizer que o que passou realmente passou, e acredito mesmo que ainda esta tudo igual. Mas o que faz ser diferente é a maneira de enxergar, e o equilibrio que busco encontrar para encarar as mesmas coisas.
E essa questão de ser feliz ou triste, talvez nem exista mesmo se eu utilizar um modo de viver que se baseia na perspectiva de enxergar as situações.
Será que então eu poderia ser uma pessoa que sofre mas vive bem? É.