sábado, 24 de abril de 2010

Modo Seguro com Rede

O mais estranho em tornar a se sentir "estável" após tanto tempo de "instabilidade" é que o meu eu receia por novas tempestades e outros maus tempos. Sentindo-se assim receoso, acabo percebendo que entro em uma espécie de Modo de Segurança, onde nem tudo me é permitido, e toda e qualquer informação é sempre absorvida com extrema cautela. Existem por ai, muitos riscos, e estamos vulneráveis a novos momentos ruins a qualquer momento, por isso é importante se prevenir, ser cauteloso e até mesmo duvidar em muitas situações. Como diz, e sempre dizem os bons e velhos ditados, mas neste caso em específico: Quando a esmola é demais, até o Santo desconfia. Não sei até que ponto, e exatamente onde poderei me entregar as noticias, fatos e derivados que venham a acontecer. Não que eu sinta medo, mas me sinto inseguro, e é por isso que ativo então o "Modo de Segurança"
Entro agora então, no parágrafo que quebra toda a ideia do primeiro. E como em todas as coisas que acontecem comigo, torno me a questionar? Até que ponto realmente devo viver assim tão cauteloso? E por que não arriscar? Estou deixando de petiscar, mesmo que eu não saiba o que signifique isso. Talvez eu nunca venha a encontrar algo que possa dar certo até o fim, se eu não tentar conhecer o início e os meios. E nem tão pouco conseguir recomeçar aquilo que ficou pela metade.
Mas mesmo assim, mesmo que eu venha a deixar de ser assim tão Seguro com minha insegurança, de uma coisa eu sempre estarei me garantindo. De que eu posso até arriscar, mas sem jamais me atirar, pra não ter que colecionar futuros tombos de vezes em que eu nem olhei para o chão que eu pisava.
Ou quem sabe, até o próximo post, eu já diga alguma coisa totalmente oposta a isso né. Mas mesmo assim. Au Revoir! 

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dois extremos.

Nem felicidade, nem tristeza. Nem se sentir bem ou mal. Nenhuma dessas coisas é capaz de influenciar tanto na minha vida quanto minha autoestima. Tanto pelo simples fato de que ela é força motriz para todas as outras características que eu citei no começo.

A autoestima é o excesso do meu egocentrismo, e demonstra o tamanho da minha 'vaidade', que não é bem assim uma vaidade, mas foi a melhor forma que encontrei pra definir essa minha característica.
Mas o pior de tudo é que essa autoestima não depende exclusivamente de mim, não basta eu me aceitar. Preciso saber que os outros percebem minhas qualidades, para poder realmente acreditar que isso são qualidades. Por mais  que eu olhe algo que eu tenha feito e ache que realmente está bom, isso não vai valer nada se pelo menos uma pessoa disse que não está. E isso vale também para minha aparência: O que raras vezes acontece, de eu estar me sentindo 'mais arrumado', e que em pouco tempo essa impressão se desmancha porque não consigo perceber que mais alguém concorde com isso.
Mas nem tudo é tão ruim assim. Se convivesse sempre em conflito com minha autoestima eu me sentiria muito pior do que em muitas vezes sinto. E até não seria exagero dizer que em alguns momentos até me sinto prepotente, principalmente quando ouço um elogio a respeito de algo que nem eu mesmo havia percebido com bons agrados.
E acabo ficando confuso, e já não sei até que ponto eu devo levar em consideração essa auto-confiança, que me parece muito traiçoeira. Mas apesar de tudo, procuro parecer humilde, quando recebo elogios, apesar de algumas vezes eu pareça transparecer arrogância.
Enfim isso é tudo muito complicado. E esse texto não ficou bom, mas se alguém o elogiar, não sei nem o que pensar.

sábado, 3 de abril de 2010

Ante Páscoa

Se eu for esperar duas semanas para escrever aqui, talvez não tenha válido a pena ter comprado esse dominio, e cada vez mais eu comprovaria que conforme minhas perspectivas tendem a melhorar sobre um todo, a frequencia e o conteúdo dos textos começam a decair.
Mas enfim, isso realmente não importa. Não interessa mostrar um blog bonito, com textos interessantes e que as pessoas se identifiquem, se pra isso eu tenha que estar me sentindo mal.
É totalmente contradição com o que eu disse no post abaixo, mas eu sou isso mesmo. Sou um excesso de contradições em busca de um equilibrio harmônico.
Não, pensando bem não sou isso, não sou nada, não consigo ser alguma coisa. Estou assim, e me sinto assim por pelo menos, enquanto me convir. Não assumo uma personalidade, não me prendo a este peso que carrego. E isso tudo as vezes, porque tão logo ou mais tarde sinto que posso querer tudo isso denovo.
Desde que me dediquei a sentir mais, e deixar de querer ser alguma coisa, pude entender muito melhor algumas coisas que sempre estiveram junto de mim e eu não podia enxergar.
Sinto saudade, sinto que amo, sinto que as vezes também odeio e tenho raiva, mas sinto. E sinto que sou capaz de sentir muito mais, sempre que eu conseguir esquecer que eu não preciso ser alguma coisa.
Eu não tenho certeza e nem procuro ter uma opinião formada, mas realmente pode ser que o ambiente a minha volta ainda é o mesmo, mas que eu posso ser capaz de modifica-lo com os meus olhos. E pode ser que isso não signifique nada demais.
Também acho que muitas vezes não consigo responder as expectativas, e que eu sei que poderia ser melhor. Mas ser melhor para quem? Para mim mesmo. Dedicar uma vida toda a mim mesmo, como uma devoção a todos os meus principios.
E se os meus principios forem apenas opiniões estupidas e formadas sobre tudo? Então eu estaria fazendo algo errado. Talvez eu esteja realmente fazendo algo errado, em boa parte do tempo. Mas enquanto o errado não prejudica o próximo, quem pode dizer o que é certo ou errado?
É um monte de interrogações que tenho, e não procuro as respostas pra isso. Procuro mais duvidas, e mais opiniões. Não me sinto bem, mas sinto tanto que fico em duvida se, se sentir bem é o que importa.
Enfim escrevi muitas coisas, e não consegui ser objetivo em coisa alguma.
Feliz Páscoa